Category Archives: Curiosidades

O jornal mais pequeno do mundo é regional e português

Será vendido na próxima segunda-feira, dia 20, com as dimensões de 25×18 mm, tornando-se assim o jornal mais pequeno do mundo.

Falamos do Terra Nostra, um semanário de âmbito regional, que “dedica grande parte da sua informação ao espaço intermunicipal da ilha de São Miguel, onde está inserido, sem, todavia, descuidar os grandes temas nacionais e internacionais que, eventualmente, tenham qualquer correlação com os Açores ou com as suas comunidades, residentes ou não no Arquipélago”.

Diário regional visto por televisão nacional

As Beiras, jornal, redacção, jornalistas… na RTP. Para (re)ver aqui.

O “novo” diário As Beiras

Primeiro o semanário Região de Leiria, agora o diário conimbricense As Beiras. Mais uma renovação gráfica, na linha daquilo que é o título mais mediático do Grupo Lena, o diário i.

O que é o jornalismo de proximidade?

Jornalismo de proximidade: rituais de comunicação na imprensa regional é certamente a obra mais citada quando falamos em jornalismo nas localidades e nas regiões. Mas afinal o que diferencia o jornalismo daquele que é descrito por Carlos Camponez?

Partilhe a sua opinião, experiência, quer seja jornalista ou colaborador de um órgão de comunicação social local ou regional, leitor ou investigador.

Para a história da imprensa regional portuguesa

“Adriano Lucas – O Decano da Imprensa: 60 anos ao serviço dos leitores, de Coimbra, das Beiras e da Liberdade de Imprensa” é o título de um suplemento publicado em vários diários regionais. Apontamentos importantes para a história da imprensa regional portuguesa, como a entrada dos primeiros computadores nas redacções, há cerca de 25 anos.

Setúbal na Rede comemora 13 anos

O primeiro jornal exclusivamente digital, e simultaneamente regional, em Portugal, continua na rede, 13 anos depois. Nascido a 5 de Janeiro de 1998, já passou por períodos de grande dificuldade, sobretudo por ter nascido numa época em que a Internet ainda tinha poucos utilizadores.

Sobre o Setúbal na Rede
Setúbal na Rede assinala 13º aniversário com novos canais (M&P)
Memórias (digitais) das regiões (Jornalices)
Primeiro jornal digital em Portugal faz 12 anos (Jornalices)
“Setúbal na Rede” há 12 anos (Diário2)
Um bom caso de estudo para a imprensa e jornalismo regional (Jornalices)
Um raro exemplo de persistência e lucidez (Jornalices)

A imprensa regional, a Internet e o cidadão

Estudos têm revelado que o número de telemóveis supera a população portuguesa

Há quem defenda a tese do ‘jornalista cidadão’ ou ‘cidadão repórter’. Outros, nem por isso. Pessoalmente incluo-me no segundo grupo. Porém, tal não representa uma postura de discriminação, mas de reconhecimento de competência técnica. As rotinas de um cozinheiro, de um mecânico, de um engenheiro civil… só eles, melhor do que ninguém, as conhecem. Com o jornalista é a mesma coisa.

Os bombeiros, por exemplo, têm uma missão que desempenham na sequência da activação da mesma por parte de, na generalidade, não-bombeiros. Quero dizer, alguém presencia um acidente e liga ao 112, que por sua vez alerta os bombeiros, o INEM.

O papel do cidadão-utilizador nas rotinas do jornalismo é exactamente a mesma. Pode desempenhar um papel crucial, ao presenciar um acontecimento onde não estão jornalistas. Ele detém a informação, já o jornalista tem a competência técnica para dar credibilidade à mesma, de acrescentar-lhe valor.

Sobre o que escrevo, veja-se (mais) um exemplo envolvendo os três elementos referidos no título deste post.

A Aurora do Lima completa 155 anos

No dia em que comemora o seu aniversário, o bissemanário de Viana do Castelo “está em risco, ameaçado pelos cortes no porte-pago” (fonte na página 14).

Depois do Distrito de Portalegre, mais um título centenário que poderá desaparecer.

Actualização às 17h34: Desenvolvimento no Público, citando a Lusa.

50 jornalistas compõem imprensa açoriana

“A União” publicou hoje alguns dados sobre a imprensa açoriana, divulgados pela Lusa. Aqui ficam alguns números:

  • 6 ilhas têm jornais (os Açores têm 9 ilhas)
  • Quantidade de publicações: 6 diários, 8 semanários e 3 mensários
  • Quantidade de profissionais (no total): 50 jornalistas, 4 estagiários e 142 colaboradores não remunerados
  • Salário: jornalistas profissionais recebem entre zero a 800 euros

Jornalismo de investigação quase inexistente

A segunda parte do artigo d’A União refere-se a este facto preocupante e que parece ser uma constante nas várias publicações do arquipélago. Entre os principais factores destacam-se a proximidade com fontes e leitores (nomeadamente as forças políticas e económicas, que deveriam ser vigiadas ou investigadas), assim como a falta de meios (fazer uma investigação pode ser caro e demorado).

________

Por último, aproveito o exemplo do site d’A União para alertar para uma questão: o facto dos sites regionais muitas vezes não terem qualquer referência à localidade/região que abrangem. É preciso lembrar que um site, ao contrário do jornal, não tem constrangimentos geográficos, podendo ser lido por qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo. Pessoa que pode nunca ter lido a edição em papel e ter entrado no site por acaso ou devido a um artigo específico que encontrou noutro lugar. Como tal torna-se fundamental que a localização de abrangência do jornal se torne clara em algum local da página (de preferência no header, perto do nome do site).

O site d’A União, por exemplo, não torna isso explícito. Apenas pelo teor das notícias se percebe que remete para os Açores, mas nem é claro se se foca mais nalguma ilha ou se pretende abranger todo o arquipélago.

Leiria tem um ‘novo’ Região

Imagine o diário i com conteúdos exclusivamente regionais. Assim se apresenta o remodelado semanário Região de Leiria, que hoje chegou às bancas – com 88 páginas, agrafadas. Uma mudança que surge no âmbito do 75.º aniversário, comemorado no passado dia 10.

Começando pelo formato, esperar para ver se será para manter. Refiro-me ao número de páginas, porque quanto à mancha útil (área de conteúdos), há uma semana que se sabia que iria reduzir (informação que fazia antever uma ‘colagem’ ao i). Sendo uma edição aniversária, talvez seja natural o maior número de páginas e conteúdos publicitários – cerca de 35 páginas.

GRAFiSMO
A remodelação gráfica é da autoria de Nick Mrozowski, director de arte do i, premiado como jornal europeu do ano (2009) e vencedor do SND para melhor design Portugal e Espanha. Neste particular, parece-me uma aposta ganha, a partilha de sinergias entre títulos do mesmo grupo. O semanário leiriense está – na minha opinião – agora mais bonito, ainda que não concorde com a mudança de logo (o anterior talvez se enquadrasse melhor nesta mudança, para além de que sua visualização numa escala reduzida era mais perceptível).

Ainda na parte gráfica, e à semelhança do i, preveligia-se a imagem. Neste particular não posso deixar de referir o destaque dado ao papel dos fotojornalistas. Um caminho natural, até porque os leitores do Região de Leiria passam a ter um híbrido entre jornal e revista. “O resultado é um jornal mais flexível para os editores e com capacidade para exibir a excelente fotografia que tem – e que reflecte a região e as pessoas”, explica Nick Mrozowski, no Guia de Leitura do Novo Região de Leiria.

Um pormenor igualmente interessante é a (também) partilha de sinergias regionais, com Mário Feliciano, natural das Caldas da Rainha, autor do novo tipo de letra – Majerit (desenhado para o espanhol El País) – usada pelo semanário. As infografias também ocupam um lugar de destaque, como seria de esperar, ora não fosse esta uma criação da ‘escola i’.

EDiTORiAS
“Para explicar a mudança que operámos no Região de Leiria, diríamos que abrimos novas janelas. Para quê? Para que o leitor possa ter uma visão mais completa e rigorosa da realidade. Porquê? Porque existimos para lhe mostrar e explicar o que se passa à sua volta.
É o que fazemos desde 1935”, pode ler-se no editorial assinado por Patrícia Duarte, directora executiva do semanário.

No Guia de Leitura é explicado o novo formato, que agora se divide em duas “macro-secções”: Região e Nós. A primeira, destinada a dar voz aos leitores, noticiar o dia-a-dia do distrito de Leiria, com os principais destaques da semana (incluindo desporto, mercado e negócios), e opinião, enquanto a segunda apresenta-se como “a novidade”, onde são tratados temas de (ainda) maior proximidade ao leitor – família, saúde, casa, carro, cultura e lazer. Ainda neste âmbito, e tal como referido, a semanário passa a dar prioridade às melhores imagens.

Ao nível da renovação dos colunistas, são no total 10, que se vão revezando, numa “colaboração quinzenal”. Sobre estes, cinco têm referência à sua ideologia política e outro aparece descrito como “membro da Assembleia Municipal [de Leiria]”. Feitas as contas à representatividade: dois do PS, um do PSD (jota), uma do CDS-PP, um do PCP e um do BE.

iNOVAÇÕES
Daquilo a que se poderá chamar de grandes novidades, destaco três i’s:

Interactividade. Mais atenção à Internet, nomeadamente às redes sociais – nesta edição surge já uma notícia a partir de comentários de uma figura pública da região na sua página do Facebook. Nos últimos tempos o Região de Leiria já mostrava alguma atenção a esta nova relação de proximidade (digital) com os leitores, algo que surge agora reforçado nas páginas do jornal. A Voz da Região é prova disso, logo na abertura do semanário.

Intimidade. Os jornalistas também têm opinião. Uma aposta do semanário, que dá voz aos responsáveis por cada editoria. Profissionais que estão mais familiarizados com determinados temas, mas que enquanto cidadãos também têm a sua opinião. Esta questão, que poderia levantar problemas éticos, surge bem esclarecida nas páginas do jornal, com a devida separação. Deste modo o leitor fica a saber – e até é uma forma de regular – o que diz o cidadão e o que diz o jornalista. Pessoalmente entendo-a como a possibilidade do leitor entrar na intimidade de determinada temática, por intermédio de quem lida com ela diariamente.

Identidade(s). Um jornal que dá música. O código de barras é um elemento que identifica um produto e o semanário pegou no conceito e associou-o a outra marca, para a área da música. Assim, sempre que os leitores quiserem ouvir as sugestões publicadas no jornal, basta dirigirem-se à Fnac Leiria e passar o código de barras nos leitores da loja. Uma parceria interessante e interactiva.