Novo ciclo para o Jornal do Fundão

“Um grupo de jornalistas – onde se inclui o atual diretor –, docentes universitários na área da Comunicação e também amigos de sempre deste semanário e dos valores que representa, adquiriram ao Global Media Group a maioria do capital da Jornal da Fundão Editora”, pode ler-se na primeira página da edição de hoje daquele semanário.

Mais algumas informações em “Global Media vende Jornal do Fundão a jornalistas”, do Expresso online.

O Setúbalense e Diário da Região dão origem a projecto único

“As duas maiores empresas editoras de jornais do distrito unem-se para publicar um jornal melhor, com mais notícias, maior audiência e melhor qualidade. Nas bancas a partir do dia 27 de Agosto”, pode ler-se na notícia do Diário da Região.

Remedia.Lab vai estudar os media regionais

Está sediado na Universidade da Beira Interior e terá as dimensões de observatório, laboratório e incubadora dos meios de comunicação da região centro. Assim se apresenta o Remedia.Lab – Laboratório e Incubadora de Media Regionais, co-financiado pelo Programa Portugal 2020 (PT 2020), no âmbito do Programa Operacional Regional do Centro (CENTRO 2020) e da União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).

Leitores da imprensa regional cada vez mais online

Comparar perfis de leitores da imprensa regional impressa e da imprensa regional online, foi o objectivo do estudo “Jornais Regionais: Perfis de leitores de jornais locais e regionais por via tradicional e online”, realizado pelo OberCom – Observatório da Comunicação, a partir de dados coligidos de inquéritos do Reuters Digital News Report (2016).

Um dos primeiros dados apurados é que a maioria dos leitores do meio tradicional tem 55 ou mais anos (44,6%), seguindo-se a faixa etária 35-44 anos (19,9%). O mesmo mantém-se em relação ao tipo de leitores online: a maioria tem 55 ou mais anos (33,1%), seguindo-se a faixa etária 35-44 anos (24%). Relativamente à origem, os leitores estão sobretudo concentrados na região centro (30,3%), seguido-se a região norte (25,1%). São também estes os territórios com mais público online, com 27,5% e 26,7%, respectivamente.

Estamos perante um público que na sua maioria acede várias vezes por dia a notícias (66,5%), sendo que este valor sobe ligeiramente (66,9%) quando falamos de leitores online.

Quanto à principal fonte noticiosa utilizada, a televisão mantém o domínio esperado. Curioso são os valores registados na hipótese “um jornal regional regional ou local”. Estas fontes são-no mais para os leitores do meio tradicional (9,7%) do que para os leitores online (5,0%). Outro dado curioso surge quando analisada a “fonte noticiosa mais importante para os leitores de jornais regionais tradicionais”. Se os canais de televisão e de informação 24 horas por dia (40,6%) e os programas televisivos (14,3%) dominam as preferências, regista-se o facto de o último lugar do pódio ser ocupado pelas redes sociais (12,4%). Já colocando a mesma questão, mas a leitores de ciberjornais, aí as redes sociais aumentam o seu protagonismo (24,4%), sendo apenas suplantadas por “Canais TV de Informação 24 horas” (32,5%).

“Dos utilizadores de internet, denota-se uma tendência para leitores de jornais regionais impressos optarem igualmente por conteúdo online, e para leitores de jornais regionais online, por sua vez, desvalorizarem o jornal impresso. Isto aponta para a crescente utilização de conteúdo noticioso online por parte da maioria da população, bem como para um decréscimo na importância do jornal físico, na medida em que os leitores ditos tradicionais possuem hábitos e tendências online similares aos leitores online, contribuindo para uma evolução que, segundo os dados deste relatório, tende a elevar a importância do conteúdo noticioso na internet em relação ao do jornal impresso”, pode ler-se na conclusão do estudo.

Depois de, durante anos, o Bareme Imprensa Regional ter sido o único indicador de audiências deste importante sector dos media em Portugal, o presente estudo do OberCom surge em boa hora. Dado o vazio registado nos últimos anos – o Bareme Imprensa Regional terminou em 2010 – passamos a ter agora dados recentes e mais abrangentes sobre o(s) público(s) dos jornais regionais.

Chega ao fim o primeiro nativo digital em Portugal

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O anúncio do fim, publicado na página inicial do cibermeio, nos primeiros dias de 2017.

O Setúbal na Rede já não se publica. Fundado a 5 de janeiro de 1998, o primeiro órgão de comunicação social exclusivamente digital em Portugal chegou ao fim, dias antes de completar 19 anos. Uma informação já confirmada junto de Pedro Brinca, seu fundador – e director até março de 2015.

Entre momentos de dificuldade de afirmação inicial, devido ao fator novidade no panorama mediático, este histórico do ciberjornalismo português ainda viveu alguns períodos áureos. Porém, conseguir manter um projeto de informação centrado no âmbito geográfico mais pequeno, foi sempre um desafio para os seus responsáveis.

As últimas mudanças tinham ocorrido em 2015, com a entrada de José Luís Andrade para director e a passagem da publicação a “revista online”.

Setúbal na Rede passa a revista online

O primeiro meio exclusivamente digital em Portugal, Setúbal na Rede, vai passar a ser uma revista online. , abandonando assim A actualização diária de informação, que mantinha desde 1998, será agora garantida ao abrigo da colaboração com o Diário da Região.

A ideia é “continuar a servir a região com conteúdos de interesse e tentando explorar vias mais experimentais, onde o multimédia assumirá lugar de destaque”, adianta o fundador, Pedro Brinca, numa newsletter distribuída hoje. Esta mudanças implica ainda que o projecto “deixará de contar com uma equipa profissional e será gerido pela Setúbal na Rede, Associação para a Cidadania”.

Os motivos para esta decisão são o mercado publicitário, “diminuto e repartido, [que] não permite receitas suficientes para manter uma estrutura profissional digna” e a falta de apoios institucionais. Por isso, “manda a sensatez que se inverta o rumo e o modelo conhecido até aqui”, sublinha.

Fundado a 5 de Janeiro de 1998, o Setúbal na Rede viveu alguns momentos conturbados na sua história, alguns dos quais quase levaram ao seu encerramento. Esta é mais uma mudança, depois da ocorrida em Março deste ano, altura em que o site surgiu renovado e Pedro Brinca passou o cargo de director para José Luís Andrade.

Artigo actualizado dia 18 de Novembro, 14h00.

Diário Cidade suspenso

A informação é avançada pelo Sindicato de Jornalistas, ao referir que “a 21 de Abril de 2015, o endereço www.diariocidade.pt foi redireccionado para o outro órgão de informação do mesmo grupo de média, o www.tribunadamadeira.pt”, acrescentando que os jornalistas daquela redacção foram integrados nesta.

Recorde-se que a 14 de Outubro de 2011 o Diário Cidade tinha tomado uma decisão histórica de abandonar o meio tradicional e dedicar-se em exclusivo ao digital – passou a designar-se Cidade Net.

Novos incentivos visam leitores e promoção da literacia mediática

Atribuição de incentivos à imprensa regional passa a ser uma competência das CCDR's

Atribuição de incentivos à imprensa regional passa a ser uma competência das CCDR’s


É pela voz de Pedro Lomba, secretário de Estado adjunto do ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional, que se ficou a saber um pouco mais do que até aqui era conhecido sobre a atribuição dos novos incentivos à imprensa regional e local.

“Podem esperar abertura, não discriminação e uma atitude de valorização das publicações da imprensa de inspiração cristã ou outra que se assuma como publicação de qualidade, geradora de conteúdos e de informação, representativa de comunidades, de sensibilidades plurais”, afirmou o secretário de Estado em declarações à agência Ecclesia, à margem do IX Congresso da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã.

Ainda relativamente aos novos incentivos, Pedro Lomba acrescentou que “uma das formas de valorizar a imprensa em geral e a imprensa regional em particular passa por promover a criação de novos leitores”, “mais do que dar fundos às empresas”.

As escolas não são esquecidas. Aquelas que desenvolverem programas de literacia mediática, terão como contrapartida a possibilidade de subscrição de assinaturas de publicações nacionais, regionais ou em suporte digital. Esta medida permite assim que as publicações ganhem novos leitores.

Nasce o Terras de Sicó

É lançado amanhã o Terras de Sicó, quinzenário que terá como territórios de intervenção os municípios de Condeixa-a-Nova, Penela e Soure, distrito de Coimbra, e Ansião, Alvaiázere e Pombal, distrito de Leiria.

Escreve o jornalista Lino Vinhal, director, no editorial do primeiro número:

“Fazer informação, debater ideias, acompanhar os órgãos legítimos de cada concelho na defesa dos respetivos interesses, sugerir, promover e defender causas é a nossa razão de ser. Não contem connosco para monta-cargas de outros interesses que não sejam os da região.”

A nova publicação pertence ao prupo Media Centro, que detém outros jornais e também rádios nos distritos de Coimbra, Aveiro e Viseu. Está prevista a contractação de cinco profissionais, entre jornalistas e comerciais.

Atribuição de apoios vai ser descentralizada

Miguel Poiares Maduro

Miguel Poiares Maduro

“O Governo pretende passar para as CCDR – Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional a competência pela atribuição dos fundos dos incentivos para os órgãos de comunicação social regionais e locais, esvaziando parte das funções do Gabinete para os Meios de Comunicação Social”, pode ler-se numa notícia publicada pelo Público.

“Descentralizar” é a palavra de ordem usada por Poiares Maduro, responsável pela pasta da comunicação social. “A proximidade traz escrutínio, a centralidade não”, justifica.

Entres as medidas já avançadas, destaque para o apoio à inovação tecnológica, que – segundo aquele responsável – não pretende ser mais do mesmo e o aumento da comparticipação nos custos de expedição dos títulos.